Os japoneses tem um jeito muito diferente de contar uma história. Um ritmo mais lento, cheio de pequenos detalhes. Quase sempre me dão uma sensação de conforto, de estar enrolada em um cobertor deitada no sofá olhando a chuva cair.
E assim me senti enquanto ia descobrindo a história de Aki e Sakutorô, que se conheceram ainda crianças, na escola em que estudavam e foram crescendo juntos. Eles vão descobrindo o amor, a inocência do primeiro amor, bonito nos pequenos gestos, nos olhares, nas incertezas, na insegurança e timidez de cada um. O amor dos dois é lúdico e puro. Eles planejam um futuro com casamento, filhos e muita felicidade.
Até que Aki fica doente e o futuro deles fica incerto. A forma como ele trata a menina, suas dúvidas, seus momentos de tristeza e de esperança, o desespero e o carinho: tudo é comovente e delicado. É intenso sem ser arrebatador. Às vezes dá vontade de gritar por eles, mas só podemos chorar com eles.
É uma história de amor emocionante e das mais lindas.
Kyoichi Katayama |
Kyoichi Katayama nasceu no distrito de Ehime, no Japão, em 1959. Iniciou carreira literária em 1986 com o romance Kehai. Um Grito de Amor do Centro do Mundo foi publicado no Japão em 2001.
UAU! Que crítica linda, fico imaginando que o livro deva ser emocionante e vc conseguiu captar a essência dele de forma emotiva, mas não arrebatadora, rs. Um texto que podia estar na orelha do livro.
ResponderExcluirOi! Que bom que eu consegui passar um pouco da sensibildade desta bela história. E obrigada pelos elogios! :) bjs
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