sábado, 27 de julho de 2013

A Hospedeira de Stephenie Meyer



Não tem como não se apaixonar por Peg. Peregrina. Peg é só para os íntimos.

A terra foi invadida e tomada por seres alienígenas. Os humanos nem se deram conta do que estava acontecendo. Os seres vindos de outro planeta, chamados de almas, eram sutis, bondosos e sabiam fingir, se misturar com os habitantes da terra. Quando eles se deram conta do que estava acontecendo, já era tarde demais!

Será que era mesmo tarde demais? Estes seres, parasitas, parecidos com... Com o que mesmo? Centopeias? Talvez! Estes seres podiam surpreender. Como Peg, a Peregrina, que já havia habitado muitos mundos.

Não tem como não apaixonar-se por sua bondade, por seu senso de justiça, por sua forma de ver a vida, por sua delicadeza. Claro que ela faz uma dupla e tanto com Melanie, a dona do corpo que Peg tomou para si. Sim, elas formam uma boa dupla, com temperamentos tão diversos. Duas mentes em um só corpo!

E haverá resistência por parte dos humanos. Eles não entregarão seu planeta, e seus corpos, de forma tão fácil não. Os que escaparam vão lutar para sobreviver.

É uma história sensacional. Não espere um amor ao primeiro capítulo. Não. É um amor que vai sendo construido ao longo de cada página, de cada momento. Mas quando a gente menos espera já foi tomado de amores e não consegue mais largar a história, não consegue mais viver neste mundo, apenas no mundo deles: de Peg, Mel, Jared, Ian, Jeb, Jamie... Não tem problema. Apenas renda-se e aproveite, porque quando acabar a saudade será imensa!

Stephenie Meyer nasceu em 24 de Dezembro de 1973 em Connecticut e cresceu no Arizona com cinco irmãos. Cursou literatura inglesa na Universidade Brigham Young, em Provo, Utah, onde se formou em 1995. A Hospedeira foi lançado nos Estados Unidos em 2008 e no Brasil, no ano seguinte.

Título: A Hospedeira
Autor: Stephenie Meyer
Ano: 2009
Editora: Intrínseca
Título original: The Host

quarta-feira, 10 de julho de 2013

O Vale das Bonecas de Jacqueline Susann


Três mulheres lindas e com personalidades totalmente diferentes.

Anne fugiu daquela cidade que a sufocava e da vida que a apavorava. Há gerações sua família se enterrava naquele lugar. Com ela no entanto, tudo seria diferente. Sim, ela iria para Nova York viver a vida.

Jennifer tinha uma beleza estonteante, acima do normal. Sua mãe tivera uma vida infeliz e jogara em Jen todas as suas esperanças de ter uma vida melhor. E ela sabia que tinha que usar sua beleza a seu favor para conseguir um bom casamento e garantir seu futuro e o de sua mãe.

Neely fora criada pela irmã, pois nem conheceu a mãe. Era artista. Apresentava-se com o cunhado e outro rapaz em números de dança. Jovem, ela ainda não sabia que tinha um enorme talento. 

A época era dos anos pós guerra. Hollywood e a Broadway produziam suas estrelas e o destino destas três mulheres se cruzam em Nova York e suas histórias misturam amor, solidão, lágrimas, sucessos, loucuras e fracassos.

Jacqueline Susann

A autora, Jacqueline Susann, nasceu em 20 de Agosto de 1918, na Filadélfia e morreu em Nova York em 21 de Setembro de 1974. O Vale das Bonecas, lançado em 1966, é seu maior sucesso e quebrou todos os recordes de venda.

Ela morreu por causa de um câncer de mama, que acarretou uma metástase.



Título: O Vale das Bonecas
Autor: Jacqueline Susann
Ano: 1986
Editora: Nova Cultural
Título original: The Valley of  the Dolls.
 
 
 
 
Um romance do tipo água com açúcar, com muito drama. Acredito que o fato de falar dos bastidores de Hollywood e especialmente da Broadway, seja a pimenta, o tempero desta história. Ataques de estrelismo, de egos. Uma guerra desumana para chegar ao topo, à fama e ao estrelato. Isso tira o livro, um pouco, do patamar de romance comum. 
 
Anne é o contraponto da história. Talvez o único ser humano normal, com ambições normais e bons sentimentos. Ela no entanto pode nos deixar exasperados com suas atitudes. Em muitos momentos da história tive vontade de sacudi-la para que reagisse de outra forma. 
 
Jen está no meio do caminho enquanto Neely entrega-se totalmente ao mundo das celebridades: ao mesmo tempo fascinante e destrutivo. Jen, muitas vezes me comoveu. Poderia ter feito escolhas diferentes, mas como poderia saber? 

Neely, ao contrário, desde jovem podíamos notar suas tendências egoistas e sua capacidade de manipular as pessoas através da chantagem emocional. Claro que às vezes até senti vontade de dar colo e consolo. Mas ela, de jeito nenhum, mereceria.
 
No geral é um livro bom para o que se propõe: um fast food. Às vezes a linguagem pode parecer irritantemente tola, mas temos que entender a época em que o livro foi escrito. Recomendo para aqueles dias em que queremos apenas uma leitura leve, com uma boa dose de romance e drama.
 
Não gosto da capa. Não se parece em nada com as imagens que formei destas três mulheres.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Paris é uma Festa de Ernest Hemingway



Para mim, ler Hemingway exige uma certa dose de paciência, porque nem sempre consigo saber para onde ele está indo. Nem sei se ele sabia também quando escrevia. 

A sensação que eu tenho quando leio suas histórias é que estamos, eu e ele, sentados em algum bar, enquanto ele as me conta: ele vai simplesmente narrando o que lembra. Ou o que inventa. E fico sempre com a impressão de que há uma boa dose de ingenuidade em todas elas.

Me senti assim também em Paris é uma Festa. Às vezes eu me perco, mas mesmo nos momentos de tédio, ou de incompreensão sobre o que ele está tentando me dizer, há uma boa dose de prazer no que estou lendo e é isso que me faz ter curiosidade de saber o que vem em seguida, de descobrir mais e então, avanço.

Em Paris é uma Festa, Hemingway nos fala de suas lembranças do tempo em que viveu na cidade luz, com sua mulher Hadley, lá nos agora distante anos 20. Ele nos fala dos lugares que frequentava para escrever e encontrar amigos, de pessoas anônimas e famosas como Gertrude Stein, James Joyce, Ezra Pround, F. Scott Fitzgerald, hábitos como ir à corridas de cavalos e das dificuldades que passou por lá, sendo um jovem escritor.

No entanto, o jovem Ernest Hemingay não deixou de aproveitar a vida. Ou melhor: de apreciar a vida. Nas pequenas e grandes coisas, na simples e complexas e isto dá a Paris é uma Festa, um certo glamour.

Ernest Hemingway

Ernest Hemingway nasceu em 1899, em Illinois nos Estados Unidos. Foi correspondente de guerra em Madrid, durante a Guerra Civil Espanhola. Ao fim da Segunda Guerra instalou-se em Cuba. Foi ganhador do prêmio Pulitzer (1953) e Nobel de Literatura (1954), ambos por "O Velho e o Mar". Foi casado quatro vezes e teve diversas amantes. É com sua primeira esposa Elizabeth Hadley Richardson que ele passa estes anos em Paris.

Paris é uma Festa foi escrita entre 1957 e 1960, mas só foi publicado após três anos da morte de Hemingway, sendo uma das sete obras de “não-ficção” escritas pelo autor.




Título: Paris é uma Festa
Autor: Ernest Hemingway
Ano: 2001
Edição: 5
Editora: Bertrand Brasil