A Mão de Fátima nos conta a história de Hernando Ruiz, um jovem de 14 anos que nasceu nas Alpujarras, sul da Espanha. O ano é de 1568 e a Andaluzia havia sido conquistada pelos católicos. Os mouros que ficaram na região foram obrigados a seguir a religião de Jesus, embora secretamente continuassem a professar sua própria fé. Mas eles não se conformavam com aquela situação e se rebelaram. É justamente neste momento da história do mundo que começamos a conhecer melhor a história de Hernando.
Hernando possui profundos olhos azuis, que herdou de seu pai, um sacerdote que abusou de sua mãe, uma moura. Para esconder a vergonha, o pai de Aisha a casa com Brahim, um mourisco rude que nunca aceitou Hernando e sempre que podia o maltratava.
Entre os muçulmanos, Hernando era conhecido ironicamente como o nazareno. O padre da comunidade o iniciou nos ensinamentos cristãos, enquanto Hamid, o sábio mouro, o ensinou os príncípios de Maomé. E assim, dividido entre as duas culturas predominantes no sul da Espanha no século XVI: a muçulmana e a católica, Hernando nos guia por momentos importantes da história andaluz, nos levando por cidades e monumentos que sobreviveram ao tempo e aos conflitos como a Mesquita de Córdoba e a Alhambra de Granada.
Até o ano de 1612 vamos acompanhando a movimentada saga deste moço de coração puro, sua agruras, suas aventuras e desventuras por Al-Andalus dividida pelo preconceito e intolerância religiosa através de violentos fatos verídicos, que aconteceram em séculos passados. Um livro forte, impressionante, excitante, emocionante, ágil e verdadeiro. Para quem conhece a Andaluzia o livro torna-se ainda mais interessante.
Ildefonso Falcones é advogado e escritor. Nasceu em Bercelona, Espanha, em 1958. Publicou A Mão de Fátima em 2009.
Hernando possui profundos olhos azuis, que herdou de seu pai, um sacerdote que abusou de sua mãe, uma moura. Para esconder a vergonha, o pai de Aisha a casa com Brahim, um mourisco rude que nunca aceitou Hernando e sempre que podia o maltratava.
Entre os muçulmanos, Hernando era conhecido ironicamente como o nazareno. O padre da comunidade o iniciou nos ensinamentos cristãos, enquanto Hamid, o sábio mouro, o ensinou os príncípios de Maomé. E assim, dividido entre as duas culturas predominantes no sul da Espanha no século XVI: a muçulmana e a católica, Hernando nos guia por momentos importantes da história andaluz, nos levando por cidades e monumentos que sobreviveram ao tempo e aos conflitos como a Mesquita de Córdoba e a Alhambra de Granada.
Até o ano de 1612 vamos acompanhando a movimentada saga deste moço de coração puro, sua agruras, suas aventuras e desventuras por Al-Andalus dividida pelo preconceito e intolerância religiosa através de violentos fatos verídicos, que aconteceram em séculos passados. Um livro forte, impressionante, excitante, emocionante, ágil e verdadeiro. Para quem conhece a Andaluzia o livro torna-se ainda mais interessante.
Ildefonso Falcones |
Ildefonso Falcones escreveu um livro empolgante, embora muitas vezes cheio das misérias do mundo.
ResponderExcluirA narração tem a visão de Hernando. Por isso,é difícil nos colocarmos na época em que esses acontecimentos ocorreram e julgá-los de forma isenta, sem nos deixarmos levar pela visão unilateral apresentada pelo autor, principalmente porque grande parte da narração se baseia em fatos realmente ocorridos.
Falcones, ainda assim, nos mostra com maestria um período da história em grande parte pouco conhecida.