Eu estava em dúvida do que gostaria de ler. Fui na minha estante de livros, passei os dedos lentamente por alguns ainda não lidos. Pensei em algum que quisesse reler, mas nada me satisfazia. Pegava um e outro e devolvia. Nada me inspirava. Até que meus olhos foram atraídos para "Horizonte Perdido". Não estava muito convicta se era ele, mas a verdade é que não consegui largar.
Fiz um chá, sentei na poltrona e mergulhei nas montanhas do Tibete. Horizonte Perdido é um livro interessante, que prendeu a minha atenção desde o primeiro parágrafo, apesar de já conhecer a lenda de Xangri-La. À medida que o mistério avança um frio na espinha vai se instalando, à espera de que tudo seja revelado.
A narrativa é tão absurdamente leve e tranquila que eu me senti naquele santuário, inebriada daquele sentimento de plenitude que emanava daquele lugar mágico.
O livro conta a aventura que o inglês Conway viveu, na década de 30. Ele era um homem de personalidade marcante que deixou forte impressão em todos que o conheceram. No entanto, à medida que a história avança percebemos que ninguém sabia quem ele era de verdade. Ele foi um homem encerrado sobre si mesmo, que mostra muito pouco de si ao mundo.
Fugindo de uma guerra, junto com mais três pessoas, seu avião é sequestrado e ele vai parar em um misterioso santuário. O mistério aos poucos vai sendo desvendado até o momento crucial em que Conway tem que tomar uma decisão e escolher entre duas vidas. Não ficou claro para mim o que o moveu em sua decisão final, mas quero acreditar que tenha sido o amor verdadeiro por outro ser humano.
Confesso que James Hilton me deixou frustrada porque eu tinha sede de todos os detalhes, de todas as minúcias do desenlace desta aventura tão surpreendente! E autor deixou apenas uma trilha de pão para ser seguida.
James Hilton |
James Hilton (09/09/1900 a 20/12/1954) foi escritor inglês de romances e roteiros para o cinema. Formou-se em história pela Universidade de Cambridge. Horizonte Perdido, publicado em 1933, foi sua obra de maior sucesso.
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